sexta-feira, 20 de abril de 2012

Atraso nas importações

Fonte: Correio Braziliense
O escândalo das próteses de silicone das marcas PIP e Rofil fez com que a Anvisa mudasse as regras para o comércio do produto no país, permitindo que apenas as importações que tiverem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) sejam comercializadas — o que tem atrasado a chegada dos implantes ao país. A medida entrou em vigor em 21 de março e, desde então, só está no mercado o que havia sido disponibilizado antes da data. O medo dos médicos é que haja desabastecimento.

"A intenção não é que a certificação deixe de ser adotada. A regra é boa, mas precisamos de uma força-tarefa para evitar o desabastecimento", explica o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Carlos Ruiz. Segundo a presidente da Comissão de Silicone da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Wanda Correa, os médicos estão em alerta porque não sabem quando os estoques do produto serão repostos. "Nossa preocupação é que falte prótese para a paciente que retirou a mama em decorrência de um câncer e precisa colocar o implante imediatamente", acrescenta o especialista.

O presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, afirmou que o órgão deu prazo de 10 dias para que as fabricantes e importadoras enviem relatórios com os dados sobre o estoque e o processo de certificação. Barbano garante que irá discutir o problema com as empresas a fim de evitar a falta de implantes no mercado. (GC)

"Nossa preocupação é que falte prótese para a paciente que retirou a mama e precisa colocar o implante imediatamente"

Carlos Ruiz, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia

Nenhum comentário:

Postar um comentário